Educação financeira, lazer e saúde para grupo 65+

Frente Parlamentar traça estratégias para melhoria da qualidade de vida da pessoa idosa

A Frente Parlamentar da Longevidade quer avançar em pautas que valorizem e assegurem a qualidade de vida do público 65+. Em reunião realizada na última semana, os membros da Frente propuseram uma agenda de trabalhos que irá considerar a segurança, o potencial intelectual e o novo perfil produtivo da pessoa idosa no Brasil.

O encontro de trabalho ocorreu após resultado do Censo 20222, em que foi identificado um aumento em 57% da quantidade de indivíduos com mais de 65 anos de idade.  O número representa 10% da população nacional.

“Precisamos acolher esse público, entender suas demandas e oferecer estrutura necessária para que possam aproveitar a ‘melhor idade’, como dizem. Atender suas necessidades e projetar uma qualidade de vida realmente atrativa é uma forma de adequarmos o Brasil para uma realidade: estamos vivendo mais e ainda bem que chegamos a esse patamar de longevidade”, comenta o deputado Pinheirinho (PP/MG), membro da Frente.

Uma das propostas é oferecer instrumentos para a implementação de educação financeira para a pessoa idosa. O objetivo é reduzir a ocorrência de golpes e perda financeira, seja por interferência de terceiros ou por falta de aptidão para lidar com recursos e investimentos pessoais.

A Frente também deverá discutir formas de proteger esse grupo contra a violência exercida por cuidadores e outros atores responsáveis pela guarda de pessoas com maior nível de vulnerabilidade. Até junho deste ano, a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos registrou 47 mil denúncias e 282 mil violações aos direitos garantidos no Estatuto da Pessoa Idosa.

No aspecto da saúde, os membros da Frente Parlamentar e equipe técnica discutiram a necessidade de criar mecanismos de redução do abandono nessa faixa etária. De acordo com especialistas, o sentimento de solidão causa prejuízos equiparados aos de quem fuma 15 cigarros por dia. Além disso, a média de suicídio é 47% maior do que na população geral, e chega à proporção de oito a cada 100 mil pessoas com mais de 65 anos.

O fator alimentar também entrou em pauta. Estima-se que a desnutrição mata quatro vezes mais pessoas idosas do que crianças no Brasil. Um agravante é que, muitos desses que passam por escassez de alimentos são os responsáveis pelo sustento de filhos e netos, o que fragiliza ainda mais a estrutura econômica das famílias.

Ainda como reforço à saúde, foi discutido na reunião o incentivo aos esportes, o combate à ludopatia (vício em jogos de azar), que pode levar a consequências metais, financeiras e emocionais, além da inclusão digital para multiplicar as oportunidades e a socialização do público 65+.

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